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JARDIM DA INOCÊNCIA

JARDIM DA INOCÊNCIA
Se você tivesse uma máquina do passado e pudesse retornar a um tempo de sua vida. Em que tempo voltaria?

Esta foi a pergunta que lancei no quebra-gelo do nosso pequeno grupo (célula) em um de nossos encontros semanais.
E se fosse pra você? O que responderia? - Pense um pouco antes de prosseguir. (...)
Pensou? Não se engane, viu?!

Talvez estejas a refletir naquele tempo em que suas conquistas eram um grande deleite num sabor de vitória. Quem sabe quisesse voltar dias antes da perda de seu familiar para poder falar-lhe tudo o que não foi capaz enquanto estava perto. Consertar um erro, rever pessoas especiais, pedir perdão, recolher a mão, mudar o tom da palavra ou substituí-la, escolher outro caminho que mude as lembranças que se tornaram sinônimos de dores, autocomiserações, mágoas - prisões emocionais. Ou talvez quisesse voltar às lembranças do tempo em que havia motivos para sorrir em contraste com os novos que não mais te revelam tantas alegrias... É bem verdade que são muitas as razões que nos fariam querer voltar ao passado em supostas tentativas de reviver um bom momento ou nos opor naquilo que nos faz arrependidos.

Um catedrático da universidade de São Paulo prestes a se aposentar ganhou uma festa de aniversário. Na cerimônia um amigo indagou o que ele considerava a maior riqueza de um homem com mais de 70 anos. Disse ele: “A capacidade de discernir entre o que é importante e o que não possui nenhum valor.” Muitos como ele chegam a essa conclusão após estarem marcados à custa da incapacidade de discernir entre o que é importante e o que não possui nenhum valor.  

Existem riquezas não valorizadas hoje e que serão mais um motivo para que a utopia da máquina do passado se torne um fato na vida de muitos.
Um homem e uma mulher excepcionalmente criados como nenhum outro, privilegiados a serem primícias de uma inspiração extraordinária habitam num lugar paradisíaco, um jardim florido, bem cuidado, frutífero, perfeito, requinte de paisagista agricultor exigente e perfeccionista. Na viração do dia podiam ouvir sua voz suave que se achega para o chá das cinco. Um bate-papo descontraído sobre a diversidade da criação que entrava pela noite. Como crianças, inocentes correm pelo jardim no despertar de um novo alvorecer. Assim viviam no jardim da inocência até o dia em que foi quebrada a única regra que se deveria guardar. Como conseqüência natural dessa situação, houve um desvio dos valores e um envolvimento com o pecado. A comunhão de antes dá lugar às trevas. Abandonaram o Senhor, a quem deviam tudo de bom de que dispunham.

Sabe queridos, em muitas situações este quadro se repete dentro das famílias e das igrejas. Deus nos resgata de um pântano fedegoso e escuro, lava-nos, põe-nos vestes novas nos transporta com muito amor para o seu jardim, se abre para o diálogo esperando que não mais retrocedamos. No entanto ainda há quem troque essa comunhão inocente e pura pela escuridão da noite, tornando os dias em véus. A importância do todo acaba por se perder na incapacidade de discernir o que não tem nenhum valor legítimo. Quando Jesus pregou a necessidade de arrependimento ansiava que seus ouvintes entendessem a situação desesperada em que tinham caído ao viverem como se Deus não existisse. Mas também anunciou que Deus está disposto a receber por meio dEle, seu filho, todo aquele que com sinceridade se volta para ele. “Arrepender-se é muito mais do que lamentar o erro – é abandoná-lo e mudar de direção.” Está escrito: Ensina-me a contar os meus dias, para que meu coração alcance sabedoria. Sl 90.12.

Voltando a pergunta do início. A maioria das respostas no pequeno grupo se deu em voltar no tempo em que eram infantes, para que retornassem num viver diferente daquilo que chega a ser hoje. Alguém queria voltar para levar os estudos mais a sério; outro para não se envolver em práticas pecaminosas que o destruiu deixando-o no pó; ainda houve quem queria ter valorizado mais as pessoas; outro a família e muitos são os motivos que todos nós queríamos poder reconsiderar. Mas infelizmente só podemos olhar para trás arrependidos do que fomos e fazemos e caminharmos em frente olhando para o alto o que queremos ser (em Deus). Não perca tempo, nem use suas horas e dias em atividades sem valor eterno. Invista mais tempo na sua comunhão com o Senhor. A forma como usamos o tempo que nos resta demonstra quais são nossas prioridades. Na presença do Senhor e com seu auxilio, construa melhor a tua história. Você pode até ter escrito maus capítulos, mas assim como aqueles primeiros filhos de Deus obtiveram sua misericórdia você também a tem. Não importa o que você foi: o que você pode ser depende daquilo que você fizer daqui para frente. Viva com Deus, construa, complete bem sua vida ao lado de quem te ama incondicionalmente – JESUS.
Descubra esse grande valor que é uma vida de comunhão com Deus. (inspiração: Música, jardim da inocência – Paulo Cesar Baruk)

Deus te abençoe ricamente,

Genismar Nunes Serra,
PRIMEIRA IGREJA BATISTA em REDENÇÃO – PA

Comentários

  1. Bom, tudo verdade, precisamos aprender que o ontem o hoje e o amanha é uma coisa só. Já que não podemos voltar ao tempo, devemos entender que ao arrepender-mos poderemos viver o presente construindo um futuro melhor. Ainda há tempo de estar no jardim da inocência... Até a volta de Cristo.
    Que Deus te use muuito Geniin!!

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